Polêmica canção de Joice Terra critica os padrões de perfeição impostos pela sociedade
Frame do clipe – Crédito: Ramos Fotografia – Danilo e Daniel Ramos
“De(Vagar)”, o disco de estreia recém lançado da cantora e compositora mineira Joice Terra inicia com a polêmica faixa “Tem Que”, que expõe poeticamente os extremos da vida, do “namastê” ao mau humor. A música autoral foi a última a entrar no álbum, mas selecionada para ser de abertura, também com o intuito de preparar o público para as próximas.
Além disso, “Tem Que” se refere principalmente a perfeição imposta pela sociedade, exigência atualmente implícita nas redes sociais, mas que sempre existiu. A mensagem ácida de apenas um minuto é acompanhada por arranjo com apenas contrabaixo acústico e violino, numa estética que lembra um “malabarismo de circo”, como diz a artista.
“Tem que ser bonita, tem que ser magra, tem que ter equilíbrio…’tem que’ tanta coisa que já me disseram, que um dia peguei eu mesma dizendo ‘tem que’ pra mim e o pior… sem eu querer! não quero ter que nada e nem quero dizer ‘tem que’ para os outros… quero ser eu…e eu sou mudança…”, explica Joice.
Disponível nos streamings desde abril e em clipe no Youtube, “Tem Que” teve o contrabaixo acústico gravado por Peter Mesquita, também responsável pela produção musical e mixagem. Maria Fê participou com o violino, e a masterização foi realizada por Luis Lopes. As gravações aconteceram no Estúdio C4, em São Paulo-SP.
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O ÁLBUM
Depois de “Tem Que”, o disco segue com outras oito canções livres de amarras musicais e de temática diversa. Entre o repertório, estão assuntos sobre leveza, romance a distância, inconstância e possibilidades da vida, azar e sorte, desaceleração em tempos de agitação, empoderamento e calmaria, e histórias pessoais da artista.
O álbum “De(Vagar)” teve sua merecida atenção. Ao todo, já são mais de 121 mil plays nas plataformas de streaming, foi contemplado pelo concorrido ProAC e será levado para turnês nas principais capitais do país. Inovadora, Joice também apresentou o encarte digital do trabalho, algo incomum no mercado.