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QG Entrevista NAIRO #7

O cantor e compositor Nairo lançou recentemente o EP autoral “INÍCIO, MEIO, enFIM…”. Autobiográfico, o projeto retrata de forma linear o ciclo de um relacionamento marcado por inseguranças, desilusões amorosas e dependência emocional. Em 6 faixas autorais que transbordam sentimento.

Ouça AQUI!

NAIRO (Foto: Cauê Tarnowski)

O artista conversou com o QG DA MÚSICA e contou mais sobre seu EP, novos projetos e planos para 2023.

QG DA MÚSICA: Como foi o processo de criação de “INÍCIO, MEIO, EnFIM”?

NAIRO: O processo de criação de “INÍCIO, MEIO, enFIM…” foi bem calmo, muito rápido, mas bem calmo! Eu me juntei com o Renato Galozzi, um grande produtor, e a gente passou 6 dias dentro do estúdio, e cada dia a gente fez uma música. Então dia 1 a gente fez MENTIRA, dia 2 a gente fez CULPADO, e assim por diante. E todo dia a gente pensava em como colocar, que elemento faz sentido, que toque faz sentido, que vibe faz sentido de colocar em cada música, e a gente soube detalhar muito bem. Eu acho que ficou bem a minha cara, ficou bem no meu gosto. Isso foi muito bom, foi muito importante, até para o que está por vir.

QG: Esse projeto retrata de forma linear o ciclo de um relacionamento. Como foi para você externar esses sentimentos, e o que você desejar passar para o público com esse trabalho?

N: Externar tudo isso foi meio que um desabafo, né, foi um tirar de peso. Foi uma forma de mostrar um pouco de quem eu sou, um pouco do que eu sinto, um pouco do que eu penso sobre sentimentos, sobre amor, sobre insegurança, sobre medo. E é uma parada que eu estava sentindo, que eu senti muito na minha última relação, não da pessoa, mas mais de mim, sabe? “CULPADO” era uma música que era pra ser “culpando”, na real, aí quando eu cheguei no refrão eu vi que o culpado era eu (risos), foi para mostrar o que eu estava sentindo no momento. E era isso que eu queria passar para o público, o que eu sinto. Essa dualidade, essas inseguranças, esses medos, era tudo o que eu estava sentindo. No fim, tá tudo bem, tudo calmo, a gente tem que se entregar, e se for pra acontecer, acontece.

QG: “INÍCIO, MEIO, EnFIM” é composto por 6 faixas, sendo 4 inéditas. Além de “Mentira” e “Culpado”, você pretende trabalhar mais alguma música?

N: Eu pretendo trabalhar algumas faixas, sim. Tiveram algumas faixas que eu queria ter colocado no EP, mas ia acabar se tornando um álbum se eu colocasse mais faixas. Mas tem várias no meu bloco de notas que no futuro sim eu pretendo trabalhar. Tem algumas coisas ainda que eu preciso falar, tem algumas coisas ainda que eu sinto que eu preciso falar. E tem algumas coisas que meu público espera, algumas músicas que eles já sabem e ainda esperam que eu lance aí no mundo, e vai acontecer. Tá no bloco de notas e no futuro vem (risos). 

QG: Dentre as faixas lançadas do seu novo EP, alguma dessas te toca de uma forma diferente? Você tem alguma preferida no momento?

N: Bem, eu diria que MENTIRA me toca muito. Todas me tocam muito, mas de todas eu não tenho uma top 1, eu tenho um top 4 (risos). Uma das que mais me toca é CULPADO, porque foi uma que escrevi assim que eu terminei minha relação, essa e MUSA DO CALÇADÃO. Eu escrevi as duas no mesmo dia, uma nasceu de manhã e a outra de tarde. MUSA DO CALÇADÃO eu escrevi acordando, antes de levantar da cama, coloquei um beat e escrevi. E CULPADO escrevi mais tarde, e essa é a que mais me toca, é a que mais fala sobre o que eu estava sentindo. MENTIRA já me tocava antes mesmo de eu pensar em sofrer (risos), mesmo antes de eu pensar em passar pela relação que eu passei, ela me tocava muito. Mas eu fico com CULPADO, é a minha preferida do momento (risos).

QG: Nesse EP todas as canções são interpretadas por você, sem participações. Quais artistas você tem vontade de trabalhar futuramente em algum projeto? E se já possui alguma parceria em vista?

N: Sim, todas interpretadas por mim! Tem composições de amigos meus, essa é a participação, tem a participação da CANETARIA também e estou muito feliz de fazer esse projeto. Eu pretendo trabalhar com diversos artistas, na real eu quero trabalhar com todos que eu conseguir, o máximo possível. Pô, seria uma honra trabalhar com Xamã, Delacruz, Ludmilla, Anitta, Luísa (Sonza), seria uma honra massa trabalhar com Chico César, Juliette. Gil! Meu sonho, ah meu Deus do céu, um dia chegarei lá (risos). Mas sim, tem muitos artistas, Baco Exu do Blues, por exemplo, é um cara que eu admiro muito, de caneta, de melodia. Tem muita gente, mas eu gostaria muito de trabalhar com esses.

QG: Você já compôs para grandes nomes da música, houve alguma influência desses artistas no seu projeto autoral?

N: Sim, eu creio que é tudo uma troca, né? Eu componho para alguns artistas e por mais que eu não fale pro artista, tem um que de influência deles na minha arte também. Muitos artistas e muitos amigos também influenciam no meu trabalho e me inspiram a querer fazer mais. Então de certa forma tudo é influência, tudo é uma troca, e isso que é bom!

QG: “TE AMO (em caixa alta)” está presente na trilha sonora de “Vai na Fé”, nova novela da TV Globo, qual a sensação de ver uma das suas composições sendo apresentada ao público dessa forma?

N: TE AMO “(em caixa alta)” estar na novela foi pra mim uma parada surreal (risos)! Era uma meta distante que do nada eu vi acontecer e eu entendi que nada é tão distante assim, que tudo acontece no momento certo. Eu fiquei muito feliz, ainda mais porque é interpretada por um artista que eu sou muito fã, o Kiaz, eu sou fã desse cara há muito tempo, e aí do nada me vem também a participação de Anitta, essa aí, meu Deus do céu! Gosto muito, acompanho de muuuitos carnavais, e pô, fiquei muito feliz, cara. É a realização de um sonho! Sei lá, é surreal (risos).

QG: Você está participando do processo criativo dos futuros projetos de nomes como Juliette e Priscila Alcântara, existe diferença em compor para outros artistas e compôr para você mesmo?

N: Estou sim participando de uns projetos aí, e muito feliz de estar participando de projetos da Juliette, da Priscila. É muito surreal pra mim isso! Compor pros artistas é sempre uma troca, né? E essa troca é muito surreal, porque compor pra mim já é algo mais pessoal. Pro artista, ele já vem com uma história e eu busco saber qual sentimento ali que eu já passei, quais histórias ali que eu já passei, coisas que ele já viveu que são parecidas com as que eu vivi. Compor pra mim é isso. Escrever pra mim é mais pessoal, porque eu sempre tento me colocar, e estou sempre mudando, acho que é signo isso (risos). Estou sempre mudando de opinião, sempre me contradizendo, gosto de escrever pra mim quando é assim. Quando é pra mim, eu gosto de viajar, gosto de tentar inventar algo novo. Quando é para artista também, e às vezes eles abraçam a ideia, às vezes não, mas tudo bem também! Tudo o que é ideia tá comigo, e um dia ou vai estar em um projeto meu ou de outros artistas. A música é isso, ela nunca vai deixar de fazer sentido.

QG: Você fechou o ano passado com o lançamento do seu novo EP. Quais são seus planos para 2023?

N: Fechamos o ano com chave de ouro! Lançamos o projeto e vamos começar o novo ano lançando uma sessão acústica do EP. Vamos divulgar as seis faixas com voz e violão, num modo mais intimista, e até meus fãs já esperam por isso. Eu gosto muito de fazer voz e violão e inclusive um dia quero fazer um showzinho assim. E pra 2023 tem muitos projetos fora da caixa, fora do que o povo espera, bem distante (risos). Eu quero testar tudo, quero fazer testes. Eu quero não ficar na mesma, quero me reinventar e me renovar, ter o feedback de todo mundo, saber aonde eu posso ir, o que eu posso fazer, falar. No mais, vou fazer música pra mim e pra outros artistas, eu quero é trabalhar!

QG: E pra finalizar, o que “INÍCIO, MEIO EnFIM” representa pra você?

N: “INÍCIO, MEIO, enFIM…” me representa. Todas as faixas contam, apontam um pouco de mim. Nas contradições, nos medos, nas inseguranças, em como eu lidei com certos relacionamentos, com certos momentos, e como eu tenho que lidar. É tipo uma mensagem pra mim mesmo, que se espelha em várias histórias de várias outras pessoas, porque às vezes a gente passa pelas mesma coisas e não tem como externar isso. Eu tentei externar o máximo de mim nesse EP e acho que deu certo (risos). Espero que a rapaziada goste.

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