O Queremos! completa 15 anos de atividades em 2025 com uma série de novidades simultâneas: um formato de festival que propõe uma nova relação de integração com a cidade, um conselho consultivo cem por cento feminino e a vontade de discutir os rumos da Indústria Musical do Rio, em um evento conjunto com a Casa Firjan, na quarta-feira, 9 de abril. Um conjunto de ações que inclui parcerias estratégicas com diversos territórios da cidade e um diálogo aberto com o Mercado e Poder Público, com a intenção de integrar e potencializar a economia criativa do Rio de Janeiro, enxergando a cidade como centro de inovação e criatividade quando o assunto é Música e Entretenimento.

O Queremos! Festival chega à sexta edição nesta quinta-feira, 10 de abril, e segue até domingo, dia 13, com a intenção de ocupar a cidade. Além da tradicional Marina da Glória, este ano os shows acontecerão também no Vivo Rio, Circo Voador e Teatro Casa Grande. Amaro Freitas, Anelis Assumpção, Arnaldo Antunes, Liniker, Luedji Luna, Nabiyah Be, Sophia Chablau & Felipe Vaqueiro e Yago Oproprio, além das atrações internacionais Hermanos Gutiérrez e Yaya Bey, mais sete DJ sets, incluindo performances icônicas em B2B, estão confirmados no lineup. Para as próximas edições do festival, a ideia é espalhar ainda mais o evento para outros palcos e espaços da cidade, em um movimento de ocupação que dialoga com os principais festivais de vanguarda atuais.

Em um momento em que a indústria da música dá visíveis passos para trás, o Queremos! aposta no movimento contrário, em busca de maior equidade, diversidade e inclusão, com a criação de um Conselho Consultivo formado por quatro mulheres que atuam em frentes complementares do mercado de entretenimento, música e criatividade do país: Babi Bono (ex-Rock in Rio e especialista em Marketing Digital, Brand Entertainment e Creator Economy, fundadora da Lemme Content e do Conecta Cria), Geisa Lino (gestora e ativadora cultural, diretora da Redes da Maré e do Festival WOW), Luciana Adão (especialista em Inovação Cultural, Coordenadora da Área de Cultura do Oi Futuro), Michelly Mury (label Manager na Altafonte e curadora artística do Festival Feira Preta).

A proposta do Conselho é impulsionar a equidade de gênero e ampliar a presença feminina nas decisões que moldam o futuro da música ao vivo no Brasil, contribuindo com percepções sobre tendências de mercado, cultura e comportamento, além da formulação de novas estratégias de atuação e crescimento para o Queremos! e ocupação de novos espaços e territórios no Rio.

“Precisamos pensar em festivais cada vez mais conscientes dos impactos que deixam, do legado que podem construir junto ao público, aos artistas e  modificam o mercado. Entendemos o Queremos! como mais do que um evento, mas como um movimento de ocupação e legado para a cidade. E acreditamos que só é possível pensar em  inovação quando juntamos diferentes visões de mundo e repertórios. O conselho chega com profissionais que são referências dentro das suas áreas de atuação exatamente para construir os próximos anos de uma forma mais plural, equânime, sustentável e em rede”, diz a conselheira Luciana Adão.

Na quarta-feira (09.04), as Conselheiras do Queremos! estarão entre os convidados da edição especial da série Diálogos Criativos, da Casa Firjan, com o tema “O que falta para o Rio ser a capital da Indústria Musical?”. O evento tem curadoria conjunta da Casa Firjan e do Queremos! e debaterá com representantes da base ao topo do ecossistema musical carioca, entre mercado, poder público e sociedade civil, em quatro mesas voltadas para discutir construção de valor, construção de marca, fomento e formação e transformação econômica e social. Um debate atual, necessário e que pode despertar insights e abrir caminhos para o desenvolvimento do Rio como uma Cidade da Música à altura do seu legado criativo.

Ricardo Calazans, a cargo da co-curadoria, da pesquisa e do roteiro do evento na Casa Firjan, explica que os “Diálogos Criativos” sempre debatem a Indústria Criativa como alternativa de desenvolvimento para o Rio de Janeiro. “Dentro deste espírito, pensamos o roteiro das mesas desta edição especial com o Queremos! como uma jornada de discussões sobre as possibilidades que a música oferece à cidade. O Rio é berço do samba, do funk, da bossa nova e do choro, entre outras muitas contribuições à música brasileira e mundial. É isto que buscamos entender: como podemos aproveitar melhor este potencial criativo intrínseco da cidade e utilizar esta identidade musical como fator estratégico de desenvolvimento?”, questiona.